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Bolsonaro dá desculpa estapafúrdia e Nunes é constrangido em convenção do PL; veja vídeo

Alçado candidato à vice, o coronel Mello Araújo, ignorou Nunes, que ainda teve que ouvir desaforo de Mario Frias, que atacou a postura do prefeito de São Paulo em meio à ação genocida de Bolsonaro na pandemia

Ricardo Nunes e Mello Araújo na convenção do PL em São Paulo.Créditos: Instagram / Ricardo Nunes e Mello Araújo
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O racha na ultradireita bolsonarista na capital paulista chegou ao ápice nesta segunda-feira (22) durante a convenção do PL, partido de Jair Bolsonaro (PL), que ratificou o nome do Coronel Mello Araújo (PL) como candidato a vice na chapa de um constrangido Ricardo Nunes (MDB), que foi praticamente ignorado no ato realizado na Câmara Municipal.

O prefeito bem que tentou se enturmar na horda bolsonarista, chamando o líder nas pesquisas, Guilherme Boulos (PSOL), de "vagabundo e invasor". Mas, foi praticamente ignorado até pelo vice, que nas redes sociais sequer citou o nome de Nunes.

"Convenção do PL, mais um passo dado rumo a Vitória. Agradeço ao nosso Presidente @jairmessiasbolsonaro , pela confiança e com tranquilidade falo que não irá se decepcionar, pois faremos a diferença na vice prefeitura pela cidade de São Paulo", escreveu o militar, que foi presidente da Sabesp e é considerado um apoiador extremista e leal do ex-presidente.

Mello Araújo ainda deu uma desculpa estapafúrdia para justificar a ausência de Bolsonaro, que estava em Piracicaba, no interior paulista, na convenção que ratificou o deputado estadual Alex de Madureira (PL) como candidato à prefeitura da cidade, que tem pouco mais de 400 mil habitantes.

“São mais de 5,5 mil municípios”, justificou o coronel, sem explicar, no entanto, a ausência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro e campeão de votos do PL em São Paulo.

Constrangimento

Espremido entre Mello Araújo, de um lado, e Mário Frias (PL-SP) e Ricardo Salles (PL-SP) de outro, Nunes passou por cenas patéticas e não conseguiu disfarçar o constrangimento.

Em breve pronunciamento, Frias não citou nomes, mas atacou Nunes ao se referir à postura do prefeito paulistano, que estabeleceu "passaporte da vacina" para eventos com mais de 500 pessoas durante a pandemia.

“Meu lado é o do presidente Jair Bolsonaro, que eu vi defendendo o povo brasileiro durante uma pandemia, em que a maioria dos líderes mandou fechar tudo, e fizeram passaporte vacinal”, disparou.

Após o discurso, Frias praticamente passou por cima de Nunes para dar um abraço em Mello Araújo.

Ricardo Salles sequer se pronunciou nas redes, onde Nunes repercutiu o assunto sozinho, com um constrangido vice ao seu lado em publicação nos stories do Instagram.