GUILHERME BOULOS

Boulos promete limpa nos contratos de ônibus de São Paulo: "é um absurdo"

Candidato do PSOL vai partir para cima de esquema dos contratos desenhado por Dória e continuado por Nunes

Boulos quer expandir gratuidade com novo projetoCréditos: Ricardo Stuckert
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Durante sabatina ao g1 nesta quarta-feira (7), o candidato a prefeito de São Paulo e deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) revelou que deve mudar os contratos de ônibus da cidade.

O candidato se comprometeu a alterar drasticamente o sistema de pagamento da prefeitura para as empresas de ônibus, reduzindo o valor dos subsídios pago pelos cofres públicos.

"O primeiro passo pra gente discutir a tarifa zero, melhorar a qualidade no investimento do transporte é passar a limpo esses contratos do Nunes, acabar com essa fase de transição, que é uma esculhambação, garantir que se cumpra os horários e bote a frota na rua pra ter um transporte público de qualidade, quem sai lá dos fundões da cidade. O que nós queremos é passar a limpo os contratos de ônibus. Passando, eu tenho muita segurança que nós podemos fazer até uma ampliação da tarifa zero, a nossa proposta é iniciando nas linhas locais, que servem do bairro ao terminal nas periferias, que é onde tem maior carência, e gastar até menos do que nós temos gastado hoje com subsídio. A questão aí não é a quantidade, mas a qualidade do gasto", disse o candidato.

"O contrato anterior, o pagamento era por número de passageiros do subsídio, então quanto mais a empresa carregava de passageiros, mais ela recebia de subsídio. Qual o problema disso? Isso incentiva a empresa a lotar ônibus", afirmava.

O contrato de transição, segundo Boulos, expande os subsídios e não garante a melhoria do transporte público para os moradores. 

"No governo do Haddad, ele propôs e aí juntou Ministério Público, vários órgãos, e falou ‘vamos mudar, a remuneração do subsídio tem que ser por quilômetros rodados’, que é o justo, a empresa vai receber pelo custo dela, que é quantas viagens ela faz e isso permite tambem uma melhor qualidade do transporte", disse.

"Depois, entra o Doria, passa pro Bruno. Ali nessa transição, o contrato é assinado e as empresas reivindicam uma fase de transição pra se adaptar a esse novo sistema de cobrança diferente. Essa fase de transição, Natuza, dura 7 anos. Isso é um absurdo", afirmou o pré-candidato a prefeito.