Candidato de Lula à prefeitura de São Paulo, a equipe de Guilherme Boulos (PSOL) submeteu à Justiça mais um vídeo para ser divulgado nos perfis de Pablo Marçal (PRTB) após o ex-coach divulgar outra fake news do adversário.
“Imagina uma coisa: você ser pai de duas filhas adolescentes e alguém inventar uma mentira na televisão e aqui nas redes que você usa droga. Suas filhas chegarem em casa chorando porque falaram isso na escola delas. Foi isso que o Marçal fez”, declarou Boulos no vídeo.
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Segundo o candidato do PSOL, a liberdade de expressão não pode ser usada como pretexto para cometer crimes. “As acusações feitas pelo Pablo Marçal são de má fé. Uma invenção absurda que tenta ferir a minha reputação, a minha história e a minha família. Mexer com a honra e a família das pessoas, não se faz”, afirmou.
Após veicular o vídeo da campanha de Boulos, a equipe de Marçal prontamente lançou uma sequência de conteúdos do próprio candidato do PRTB, buscando diminuir o alcance da peça publicada em direito de resposta. “São Paulo não merece esse tipo de baixaria”, prosseguiu Boulos.
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“Infelizmente, tem gente que ganha a vida com isso. Não seria muito melhor tentar atrair a atenção das pessoas com proposta em vez de mentiras e ataques?”
Na terça-feira (27), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou um recurso do empresário e concluiu que ele fez uma acusação caluniosa contra o candidato do PSOL. Sem apresentar provas, Marçal tem vinculado Boulos ao uso de cocaína em debates, vídeos nas redes sociais e eventos de campanha.
Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que Marçal se baseou em um caso envolvendo uma pessoa com o mesmo nome de Guilherme Boulos, que enfrentou uma ação relacionada à posse de drogas, mas que não tem conexão com o candidato do PSOL e apoia o bolsonarista Ricardo Nunes (MDB).
Nelson dos Santos Pereira Junior, promotor eleitoral, concluiu que há "indícios de crimes eleitorais" associados à conduta de Marçal no contexto de uma investigação sobre crime eleitoral contra Boulos. Em decorrência disso, o Ministério Público Eleitoral de São Paulo ordenou à Polícia Federal que inicie um inquérito para apurar as alegações.
“Por consequência, na forma como veiculadas, essas publicidades ressaltam atingimento à honra e à imagem do autor, passível de potencialmente induzir o eleitorado em erro em relação a ele (autor), também candidato ao cargo de prefeito do município de São Paulo”, entendeu o promotor.