Suspeito de ocultar armas no caso Marielle foi à Justiça em agosto para evitar prisão

Em seu depoimento, no entanto, Djaca havia negado participação na ocultação de provas. Ele foi preso na manhã desta quinta-feira (3)

O professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas (Reprodução/Instagram)
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Preso na manhã desta quinta-feira (3) por suspeita de jogar ao mar armas que pertenciam ao PM reformado Ronnie Lessa, responsável pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o professor de artes marcais Josinaldo Lucas Freitas, conhecido por Djaca, tentou evitar uma possível prisão em agosto, quando foi depor à Delegacia de Homicídios da Capital. Djaca  ingressou com um habeas corpus preventivo na 2ª Vara Criminal do Rio. Ele temia que o titular da DH da Capital, delegado Daniel Rosa, pedisse sua prisão temporária à Justiça, o que foi acontecer só nesta quinta. Em 15 de agosto, o juiz Aylton Vasconcellos negou o pedido do advogado de Djaca, já que não vislumbrou "iminente violência ou coação ilegal no direito de ir e vir". Em seu depoimento, no entanto, Djaca havia negado participação na ocultação de provas do caso Marielle. De acordo com a Delegacia de Homicídios, o lutador de artes marciais pagou R$ 400 a um pescador para levá-lo para uma viagem de barco pela Baía de Guanabara, com o objetivo de se desfazer de armas de Lessa. Djaca mora na região de Rio das Pedras e Muzema, zona oeste do Rio, onde ficam favelas dominadas por milicianos. O chefe da milícia de Rio das Pedras é Ronnie Lessa, sargento de reserva da Polícia Militar e vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro. Lessa foi acusado de matar a vereadora Marielle e Anderson.