Trabalhadores da Educação de MG denunciam falta de condições para a volta às aulas

Segundo coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, faltam bebedouros, instalações adequadas e profissionais auxiliares. “O estado está transferindo a responsabilidade que é da gestão para a escola”

Denise Romano, coordenadora do Sind-Ute (Foto: Diogo Nascimento/Pensar a Educação)
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou protocolo para volta às aulas presenciais no estado. As escolas da rede pública, no entanto, continuam no modelo remoto, graças à liminar em resposta a um mandado de segurança impetrado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). De acordo com a coordenadora-geral da entidade, a professora Denise Romano, as condições das escolas da rede não oferecem a segurança sanitária necessária para um retorno seguro.

“Denunciamos a falta de bebedouros, de salas de aulas adequadas, de mobiliário, o baixo número de auxiliares de serviços de Educação Básica, a falta de instalações sanitárias. O estado está transferindo a responsabilidade para a escola e nós, a população de Minas Gerais, não sabemos quando seremos vacinados”, diz.

Denise ainda lembra que a situação da pandemia em Minas segue crítica. “200 pessoas morreram nas últimas 24 horas em decorrência da Covid. Já são mais de 17 mil. Somente em 2021, são mais de 2 mil. É nesse cenário que o governo de Minas Gerais quer retomar as aulas presenciais. Com diversas cidades com atendimento hospitalar em colapso”, lamenta.

Para ela, “a escola pública estadual não tem condições de reabrir porque o estado não cumpriu com a sua tarefa, não adequou a rede física para recebimento dos alunos e nos nega a vacina”.

Segundo documentos obtidos pelo jornal Estado de Minas, o governo Zema perdeu a oportunidade de fechar um acordo com a farmacêutica chinesa Sinopharm para fabricar uma vacina contra o novo coronavírus no estado por conta de lentidão na condução da conversa com o laboratório.