UFRJ terá central para monitorar intervenção militar no Rio de Janeiro

Especialistas em Direito, segurança pública e direitos humanos farão parte de núcleo de estudos, atuando junto a movimentos sociais

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[caption id="attachment_126711" align="aligncenter" width="400"] Um grupo de trabalho promoveu uma reunião, que foi um desdobramento do manifesto publicado na semana passada - Foto: Divulgação/IBGE[/caption] Professores, estudantes e técnicos-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão organizando a formação de um núcleo para monitorar a intervenção federal e militar no Rio de Janeiro, principalmente nas favelas. Com nome provisório de Central de Supervisão das Garantias dos Direitos Fundamentais, a iniciativa foi apresentada pelo reitor, Roberto Leher, em uma sessão de trabalho no campus da Praia Vermelha, com membros da comunidade universitária, artistas e movimentos sociais. Segundo informações da UFRJ, a reunião foi um desdobramento do manifesto publicado na semana passada por mais de 300 professores, juristas, intelectuais e ativistas, criticando a intervenção. A versão online do documento tem mais de 2.500 assi aturas. De acordo com o reitor, o monitoramento da intervenção “decorre de uma preocupação institucional da universidade”. A possível violação das garantias constitucionais dos moradores foi um alerta recorrente feito por estudiosos e movimentos como a Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj). Para os próximos dias, a mobilização formada na UFRJ programa uma série de ações. Os principais encaminhamentos são: criação da Central de Supervisão das Garantias dos Direitos Fundamentais (nome provisório); reunião da reitoria com reitores de universidades públicas federais do Rio de Janeiro; reunião com movimentos sociais para alinhar agendas; organização de suporte para que moradores possam encaminhar denúncias de violações de direitos; incorporação da UFRJ a grupos de trabalhos já existentes; participação de ato de lançamento da Frente contra a intervenção na UERJ, no dia 13/3, às 17h30, no Auditório 11; organização de grupos de estudos sobre direitos humanos e violência, avaliando aspectos geopolíticos internacionais, em articulação com outras instituições de ensino e pesquisa.