Vazamento atinge delegado que denunciou Lava Jato antes de ação chegar a juiz

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Processo contra Mario Fanton corre em segredo de Justiça, mas poucas horas depois de o Ministério Público protocolar acusação, porta-vozes da Lava-Jato como G1 do Paraná e O Antagonista publicaram textos contra ele Por Redação* O delegado da Polícia Federal Mario Fanton denunciou, em 2014, que membros da operação Lava Jato tinham instalado grampos ilegais na cela do doleiro Alberto Youssef. A partir daí, vem sofrendo processos e acusações cotidianas. A última delas ocorreu em 31 de maio deste ano. Nesse dia, o Ministério Público protocolou acusação de que Fanton vazara detalhes da operação Carne Fraca para o ex-deputado André Vargas. Embora os processos contra Fanton estejam protegidos por segredo de Justiça, poucas horas depois de ação ser protocolada e antes de o documento chegar às mãos do juiz Marcos Josegrei, a acusação foi publicada nos sites do G1 do Paraná e no O Antagonista. Pouco depois, no Estadão. É bom lembrar que, recentemente, O Antagonista chegou a postar em tempo real o que estava ocorrendo em audiência fechada do juiz Sergio Moro. Em nota, o advogado de Fanton, Michel Asckar, cita os prejuízos dessa condenação pelos porta-vozes da Lava Jato. "Mais uma vez vemos o triste episódio de referida denúncia ter sido inserida na data de hoje, por volta das 14h, no site eletrônico da Justiça Federal e, sem qualquer apreciação do poder Judiciário, já ser divulgada na imprensa, com o fim de buscar, ao menos, a condenação pública do referido delegado.” Leia a íntegra da nota aqui. Para o advogado, citado no blog de Marcelo Auler, essa nova acusação contra Fanton deverá ser rejeitada em juízo. “Ela é claramente uma retaliação ao delegado pelas denúncias levadas à Corregedoria.” *Com informações do blog Marcelo Auleur Repórter Foto Rovena Rosa/Agência Brasil