Velório de Marília Mendonça deve receber mais de 100 mil pessoas

Os fãs poderão se despedir da cantora a partir das 8 horas, no ginásio Goiânia Arena, que fica ao lado do estádio Serra Dourada, na capital de Goiás, estado natal da artista

Foto: Divulgação
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O governo de Goiás, estado onde nasceu Marília Mendonça, ofereceu o ginásio Goiânia Arena, localizado ao lado do estádio Serra Dourada, na capital goiana, para o velório da cantora. A família aceitou e os fãs poderão se despedir da artista a partir das 8 horas. O estado também decretou luto oficial de três dias.

“Família de Marília Mendonça confirmou velório no Goiânia Arena, amanhã, por volta de 8h da manhã. Goianos vão poder prestar linda homenagem. Peço calma e respeito à sinalização para que todos possam dar o seu adeus. Previsão inicial de até 100 mil pessoas passando pelo local”, postou o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM).

Sucesso

Marília Dias Mendonça, nascida na pequena Cristianópolis (GO) em 22 de julho de 1995, morreu num trágico acidente aéreo na tarde desta sexta-feira (5), após o avião em que ela viajava cair e se chocar contra uma cachoeira no município de Piedade de Caratinga (MG), na região do Vale do Aço. Ela tinha 26 anos e era mãe de Léo, um bebê de apenas um ano.

Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o bimotor se chocou com um cabo de uma torre de distribuição antes da queda. Os órgãos aéreos da região já tinham recebido reclamações de outros pilotos, em agosto e setembro, informando que os fios elétricos atrapalhariam o pouso no aeródromo de Caratinga.

Marília iniciou sua carreira musical com apenas 12 anos, compondo algumas das letras mais famosas do mundo sertanejo, como “Minha Herança”, de João Neto e Frederico, “Muito Gelo, Pouco Whisky”, de Wesley Safadão, “Até Você Voltar”“Cuida Bem Dela” e “Flor e o Beija-Flor”, interpretadas por Henrique e Juliano, “Ser Humano ou um Anjo”, cantada por Matheus e Kauan, “Calma”, gravada nas vozes de Jorge e Mateus, e “É Com Ela Que Eu Estou” do também falecido Cristiano Araújo, vítima de um acidente automobilístico em 2015.

Em 2014, aos 19 anos, lançou-se na carreira como cantora e gravou um EP que levava seu nome. Dois anos depois, em 2016, produziu “Marília Mendonça: Ao Vivo”, em parceria com outros grandes nomes do gênero. A superprodução alçou a jovem ao estrelato e, a partir daí, suas andanças pelo Brasil passaram a ser acompanhadas de multidões de fãs.

Uma das cantoras mais bem pagas do país, antes da pandemia, um show seu custava R$ 350 mil e eram pelo menos 25 apresentações por mês. Sites especializados em celebridades repercutiam a fortuna que Marília movimentava com sua arte, algo em torno de R$ 10 milhões mensais, sem que, contudo, deixasse o jeito simples, divertido e atencioso que marcava sua relação com admiradores e com a imprensa.