Vereadora pede revogação do título de Cidadão Santista do ministro da Educação por homofobia

As declarações do pastor Milton Ribeiro “desrespeitam os diretos humanos e fazem coro com o preconceito arraigado na nossa sociedade”, disse Débora Camilo (PSOL)

Milton Ribeiro - Foto: Reprodução
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A vereadora de Santos, no litoral paulista, Débora Camilo (PSOL), tomou a iniciativa de pedir a revogação do título de Cidadão Santista concedido ao ministro da Educação e pastor presbiteriano, Milton Ribeiro, no final de 2020. A parlamentar justifica a medida com base em depoimentos homofóbicos do ministro.

O projeto de resolução já foi apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara Municipal de Santos, para análise e posterior resolução. Em caso de aprovação, o documento retornará à coleta de assinaturas e será pautado para votação dos vereadores em sessão.

Segundo a Débora, Ribeiro “manchou qualquer homenagem que pudesse ser prestada a ele, quando atacou a comunidade LGBTQIA+. As alegações do ministro desrespeitam os diretos humanos e fazem coro com o preconceito arraigado na nossa sociedade e que vitima milhares de pessoas no nosso país e no mundo”, relatou.

O título de Cidadão Santista a Milton Ribeiro foi concedido em dezembro de 2020, em indicação do ex-vereador Hugo Duppre (Republicanos).

O título é ofertado a várias personalidades que, de alguma forma, contribuíram para o crescimento e desenvolvimento da cidade, o que não é o caso do ministro de Jair Bolsonaro.

Homofobia

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, concedida em setembro de 2020, Ribeiro declarou que “o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo vem, algumas vezes, de famílias desajustadas”.

“Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, afirmou.

Em maio de 2021, a Justiça Federal do estado de São Paulo condenou a União a pagar indenização por danos morais coletivos em razão das declarações homofóbica ditas por Ribeiro.

Com informações do G1