As imagens de um homem com uma criança no colo agredindo em público uma mulher no estacionamento de um shopping, na cidade mineira de João Pinheiro, revoltaram o Brasil nesta quarta-feira (8). O caso ocorreu em 28 de novembro, mas só agora foi revelado.
A gravação captada pelas câmeras de segurança de um shopping do pequeno município, que fica a 400km ao norte de Belo Horizonte, mostram Sócrates Monteiro Porto, de 55 anos, segurando o filho de um ano e dois meses no braço e desferindo pancadas em Nayara Oliveira, de 31 anos, sua ex-esposa e mãe do menino, até ela cair no chão.
De acordo com o depoimento de Nayra na delegacia, o casal permaneceu junto por sete anos e está separado há cinco meses. Com a guarda da criança, a Justiça determinou horários para que Porto visse o filho e isso deveria ocorrer sempre num local público, já que uma medida protetiva em favor da mãe já havia sido expedida após um caso de violência anterior praticado pelo homem.
Nayara nunca quis participar do encontro do filho com Porto e entregava sempre a criança para um terceiro, que a levava até o pai para que ele aproveitasse o tempo de visita estipulado pelo Judiciário. No caso do dia da agressão, uma amiga da mãe levou o menino na área externa do shopping onde a vítima trabalha, mas o pai disse à acompanhante que levaria o garoto.
A mulher que levou o filho para o encontro com o pai afirmou a ele que não poderia deixá-lo sair dali e que para isso teria que avisar Nayara, o que ela fez. Quando a mãe chegou para impedir a saída não autorizada entre pai e filho, acabou sendo agredida violentamente pelo ex-marido.
Após pessoas que passavam pelo local separarem os dois envolvidos, Nayara foi levada para dentro de uma loja do shopping, mas Porto foi atrás e permaneceu xingando a mãe de seu filho por vários minutos, conforme relataram testemunhas. Só depois de muita insistência é que o agressor foi embora das dependências do centro comercial.
Por fim, a polícia prendeu Porto e o encaminhou para uma cadeia pública da região. O advogado dele, Célio Cesar de Moura Couto, disse que não teve acesso à determinação judicial que levou à detenção de seu cliente, mas que este o assegurou que as imagens registradas pelas câmeras tiraram do contexto os reais fatos ocorridos.
Veja o vídeo: