Levantamento DataFórum desta quarta-feira (7) mostra que a realidade, aos poucos, se impõe sobre os delírios da extrema direita, o avanço da PEC da Transição e as lágrimas de Bolsonaro, que está trancafiado no Palácio da Alvorada desde a derrota para Lula (PT) deu o início a uma guerra interna entre os militantes da extrema direita.
Conforme os dias passam e o novo governo avança em medidas para serem aplicadas logo nos primeiros dias, o discurso golpista da extrema direita se isola e se torna cada vez mais restrito aos grupos mais periféricos do bolsonarismo.
Em sentido contrário, o núcleo duro do bolsonarismo, composto por políticos e influenciadores, já mostra qual será o papel a ser desempenhado durante o novo governo Lula: crítica pura e simplesmente, mas tal postura revela que tais personagens assumem a inevitabilidade da posse.
O descalabro do Ministério da Educação produzido pelo governo Bolsonaro e revelado pelo Gabinete de Transição gerou revolta no Twitter e mais críticas ao futuro ex-presidente Bolsonaro.
Por fim, o choro do presidente durante evento militar foi interpretado como mais uma estratégia que visa humanizar a figura de Bolsonaro.
A comunidade da extrema direita obteve 51% das citações no Twitter. Os progressistas, somados a Cultura de Rede, tiveram 43% das menções.
Foram analisados 587.881 a partir das tags lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, lula, bolsonaro, @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_.
Realidade se impõe na extrema direita
As medidas da transição de poder foram motivo de reclamações de influenciadores, que condenaram ex-aliados do governo por terem votado a favor da PEC da transição, mas também houve parlamentar se gabando de ter votado contra a medida.
A hostilização ao Lula na porta do hotel em que está hospedado foi comemorada e também se verificou manifestações de apoio a Bolsonaro. O clima de golpismo motivou publicações de alto engajamento, mantendo a expectativa de que o resultado das eleições ainda pode ser modificado.
Descalabro no MEC causa revolta
O caos administrativo do governo Bolsonaro motivou postagens de grande circulação, com a falta de verbas para universidades gerando bastante indignação. O choro de Bolsonaro foi retratado como estratégia de comunicação para gerar empatia, mas novamente internautas se mostraram indiferentes com o suposto sofrimento do Presidente.
O sigilo de 100 anos sobre o cachê de Gustavo Lima foi repudiado, pois o assunto foi considerado fútil para ensejar tanto segredo.
Cultura de Rede
O futebol novamente foi o assunto mais comentado no grupo, com Neymar sendo associado de maneira irônica ao Bolsonaro e perfis ressaltando que ele não homenageou Bolsonaro com seu gol, mas que o Presidente pretende levantar a taça caso o Brasil seja campeão.
O Choro de Jair Bolsonaro foi novamente tratado com desdém, com influenciadores afirmando que seu legado de morte e destruição será lembrado por muito tempo.
Liberais
Ciristas remanescentes frequentaram o mesmo grupo que os liberais, lamentando o desempenho eleitoral pífio do ex-Ministro. André Mendonça motivou deboche com Bolsonaro, por ter votado para rejeitar ação contra Alexandre de Moraes, tendo sido comparado ao Toffoli, como um traidor.
A PEC da transição foi criticada e considerada como um aumento desastroso de gastos públicos. O choro de Bolsonaro também foi motivo de chacota nesta comunidade.