CHINA

Potência do BRICS vai enviar missão ao espaço em 2026

Com uma nova geração de nave tripulada, o país deve enviar astronautas ao espaço em 2026

Nave espacial - ilustração.Créditos: Wikipedia
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A China anunciou o lançamento, em 2026, da sua nave Mengzhou-1, nova geração de nave tripulada que deve sair do Centro de Lançamento de Wenchang, instalação espacial localizada na ilha de Hainan, a apenas 19 graus da linha do Equador, rumo à estação espacial chinesa, Tiangong.

A cápsula modular da nave vai ser lançada ao espaço pelo foguete Long March 10-A, concluído em 2024 pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento (CALT) e capaz de levantar até 70 toneladas na órbita baixa da Terra. A proximidade do Equador deve facilitar o lançamento a partir da ilha, na província cantonesa.

De acordo com a agência espacial chinesa (CMSA), a nova geração da nave, uma evolução do programa Shenzhou — responsável por colocar em órbita o primeiro taikonauta, Yang Liwei, em 2003 —, tem seu voo inaugural previsto para o ano que vem, a fim de “verificar o desempenho dos sistemas da nave” e “fornecer instrumentos e suprimentos”, além de cargas úteis para experimentos tecnológicos e itens de necessidade para a tripulação em órbita.

A CMSA afirma que a Mengzhou será capaz de operar em órbitas terrestres e missões lunares, diferentemente das naves Shenzhou, que são restritas à órbita baixa (LEO).

Outras duas missões tripuladas devem ser enviadas do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China: a Shenzhou-22 e a Shenzhou-23, cada uma carregando três taikonautas.

Enquanto a Shenzhou-22 deve acoplar no porto radial do módulo central da estação espacial chinesa, o Tianhe, a Shenzhou-23 vai para o porto frontal.

As naves tripuladas são destinadas a missões de longa duração, em que um taikonauta deve permanecer em órbita por mais de um ano.

As missões enviadas vão incluir caminhadas espaciais, transferência e recuperação de cargas pelos módulos do laboratório e ainda mais experimentos científicos e testes de novas tecnologias espaciais, como os que a China tem realizado ao longo dos últimos anos, de acordo com o veículo Xinhua.

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O envio de duas naves sequenciais vai permitir rotacionar a tripulação sem trocar toda a equipe de uma só vez, além de garantir a capacidade de retorno dos taikonautas, que podem embarcar com a Shenzhou-22 e retornar embarcando na Shenzhou-23.

A Índia também pretende enviar sua própria missão espacial tripulada à Lua até 2027, unindo-se aos esforços de potências do BRICS em programas nacionais de exploração espacial com tecnologias próprias.

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