A Sonda Solar Parker, da NASA, completou com sucesso seu segundo sobrevoo extremo ao Sol, repetindo a mesma distância e velocidade alcançadas em dezembro de 2023. O feito foi confirmado pela agência espacial no início desta semana.
No sábado (22 de março), a espaçonave chegou a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar, viajando a 692 mil km/h. Durante a aproximação, operou de forma autônoma, com seus quatro instrumentos científicos coletando dados da coroa solar — a camada mais externa da atmosfera do Sol.
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Três dias depois, a sonda enviou um sinal de retorno confirmando que todos os sistemas estavam funcionando normalmente. De acordo com a NASA, essa nova passagem permitirá medições inéditas do vento solar e de fenômenos ligados à atividade solar.
A expectativa dos cientistas é que os dados ajudem a entender melhor o comportamento do Sol, incluindo um dos maiores enigmas da astrofísica: por que a coroa solar é centenas de vezes mais quente que a superfície.
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“O avanço dessa missão está mudando o que sabemos sobre o Sol ao explorar uma região nunca alcançada antes”, disse Janet Petro, administradora interina da agência.
Esses resultados só são possíveis graças ao escudo térmico especialmente desenvolvido para a sonda, que permite que os instrumentos operem em temperatura ambiente mesmo sob calor extremo.
Pelo conjunto das inovações tecnológicas que tornaram a missão viável, a equipe da Parker — formada por cientistas e engenheiros da NASA, da Universidade Johns Hopkins e de outras 40 instituições — foi agraciada com o prêmio Robert J. Collier de 2024, concedido pela National Aeronautic Association.
“A equipe superou desafios considerados insolúveis por décadas, transformando uma missão tida como impossível em realidade”, afirmou Ralph Semmel, diretor do Laboratório de Física Aplicada da Johns Hopkins.
Lançada em 2018, a Parker Solar Probe tem novo sobrevoo marcado para 19 de junho, com velocidade e distância semelhantes às da missão mais recente.
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