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[caption id="attachment_143393" align="alignnone" width="700"] Foto: José Cruz/Agência Brasil[/caption]
A conjuntura se acelerou. Mudou. Só estamos virando porque entramos na ofensiva.
Nos últimos dias, largamos o medo, a angústia e a depressão coletiva. Em seus lugares vieram o ânimo, a força e uma raiva benigna de não nos deixarmos entregar. O sangue subiu aos olhos.
A cada dia se sucedem enfrentamentos dos quais não recuamos. Voltamos a usar nossas camisetas de campanha, a nos manifestar publicamente e a pedir votos abertamente.
Tentaram nos intimidar nas ruas, nos empregos e nas universidades.
Medíocres juízes querendo aparecer e meganhas buscando autoafirmação apareceram à nossa frente. Caíram no ridículo, deixando suas boçalidades expostas à vista de todos.
Não estamos mais sozinhos. Agora somos multidão, multidões. Coloridas, alegres, enérgicas, confiantes!
Cantamos, gritamos, suamos, pulamos e dançamos na cara deles.
O fascismo é o contrário. É cinza, exala ódio por todos os poros, ameaça, chantageia e mente.
Sensibiliza os pobres de espírito, os medíocres, os apavorados, os paneleiros órfãos e os desenturmados.
O fascismo não propõe redenção coletiva, mas um violento darwinismo social, profundamente individual e excludente.
Cativa muita gente. Atrai os idiotas, cujo brado mais criativo é “minha bandeira jamais será vermelha”.
Precisam disso para seguir pesadamente ressentidos em suas imbecilidades seguras e em seu medo de classe.
Nós temos gás e adquirimos confiança em nossos tacos! No dia das urnas, revelamos fôlego de fundistas.
Estamos com pique para o final da prova, para a arrancada dos últimos 100 metros.
Sofremos como cão sem mãe nos últimos meses. Hesitamos. Parecia que não ia dar e pensamos em jogar a toalha.
Mas ultrapassamos a intimidação e a defensiva.
Estamos vivendo dias e noites épicos, heroicos.
Inegavelmente inesquecíveis!