Contrário à quarentena, dono do Madero demite 600 funcionários

O bolsonarista Junior Durski chegou a minimizar as mortes que poderiam ser provocadas pelo coronavírus para defender o fim do isolamento social

Junior Durski, da rede Madero (Foto: Guilherme Pupo)Créditos: Divulgação
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O restaurante Madero, do empresário bolsonarista Junior Durski, anunciou na noite desta quarta-feira (1º) que vai demitir 600 pessoas em decorrência do surto do novo coronavírus.

“Não sabemos quanto tempo vai durar esse período de lojas fechadas – se vai ser mais um mês ou dois”, disse Durski em entrevista ao Estado de S. Paulo. “Tínhamos 8 mil funcionários. Fizemos isso para preservar os demais colaboradores", completou.

Segundo ele, os funcionários demitidos são pessoas que estavam em treinamento ou integrantes dos setores de engenharia e arquitetura.

Na última semana, Durski causou polêmica ao dizer que o Brasil não poderia parar por conta de “5 ou 7 mil pessoas que morrerão” pelo novo coronavírus.

O empresário ainda tentou minimizar a situação. "“Me desculpem se alguém me interpretou mal. Nunca vou menosprezar uma vida sequer. […] Vou fazer de tudo para ajudar todas as pessoas e vou sempre apoiar todas as ações, mas não podemos ser desproporcionais e não podemos não pensar nas consequências econômicas”, disse.

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