Declarações de Bolsonaro que negam a realidade podem agravar a pandemia, diz Bachelet

Além do Brasil, a alta comissária da ONU também classificou Burundi, Nicaragua, Tanzânia e Estados Unidos como países negacionistas

Foto: Montagem
Escrito en CORONAVÍRUS el

A alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile, criticou o governo Bolsonaro por seu comportamento negacionista em realação à pandemia do coronavírus. Para ela, a postura poderá agravar o contágio no país.

"Preocupa-me que declarações que negam a realidade do contágio viral, e a crescente polarização sobre questões-chave, possam intensificar a gravidade da pandemia, minando os esforços para conter sua propagação e fortalecer os sistemas de saúde", afirmou a chilena.

Fala de Bachelet foi feita durante pronunciamento nesta terça-feira (30) em Genebra no Conselho de Direitos Humanos da ONU. De acordo com o jornalista Jamil Chade, em reportagem publicada nesta terça-feira (30) no UOL, ela citou especificamente o Brasil entre os governos negacionistas, ao lado de Burundi, Nicaragua, Tanzânia e Estados Unidos.

Com mais de 58 mil óbitos e 1.368.195 casos confirmados, o presidente Jair Bolsonaro só gastou 29,3% – R$ 11,5 bi – dos R$ 39,3 bilhões liberados pelo governo para o Ministério da Saúde desenvolver políticas de combate ao coronavírus.

Os 27 países da União Europeia concordaram em abrir as suas fronteiras externas nesta quarta-feira (1º) e, como adiantado pela Fórum, brasileiros serão proibidos de entrar porque a situação da pandemia de coronavírus no país é considerada fora de controle pelas autoridades do bloco.