Coronavírus: Ministério monitora síndrome em crianças em meio a debates sobre volta às aulas

Síndrome inflamatória multissistêmica foi diagnosticada em 71 crianças no Brasil, com três mortes. Estado de São Paulo deve anunciar se retoma aulas em setembro. Na capital, 80% dos pais são contra

Testagem para Coronavírus na comunidade escolar de Jequié - Foto: Leo Sousa/Fotos Públicas
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Em meio a debates sobre o retorno das aulas nas escolas públicas, o Ministério da Saúde informou que está monitorando uma nova doença que atinge crianças e pode estar relacionada à covid-19. O órgão emitiu alertas e disse estar em diálogo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

A síndrome inflamatória multissistêmica (SIM-P) ocorre em crianças de 7 meses a 16 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, até julho foram notificados 71 casos, sendo 29 no Ceará, 22 no Rio de Janeiro, 18 no Pará e 2 no Piauí. Foram identificadas também três mortes no Rio de Janeiro.

Parte dos pacientes apresentavam infecção pelo novo coronavírus ou tiveram covid-19 anteriormente.

A SIM-P tem como sintomas febre duradoura juntamente com outras manifestações como pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor no abdômen, náuseas, vômitos e problemas respiratórios.

No mundo, até o momento foram relatados mais de 300 casos, em países como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos.

Volta às aulas
A suspeita da síndrome causada pelo coronavírus acontece em meio a debates sobre a volta às aulas. Nesta sexta-feira (7), o governo do Estado de São Paulo deve anunciar se as aulas nas escolas públicas serão retomados em setembro ou não.

Na capital, uma pesquisa encomendada pela secretaria municipal de Educação revela que 80% dos pais dos alunos das escolas públicas são contrários aos retorno das aulas em meio à pandemia, segundo informações de Mônica Bergamo, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

João Doria (PSDB), governador do Estado, deve conceder entrevista coletiva ao lado do secretário de Educação, Rossieli Soares, sobre o tema.

Até o momento, a determinação é que as escolas poderão reabrir quando 80% da população do estado estiver por 28 dias na fase amarela, a terceira da retomada, e os 20% restantes por duas semanas. O plano não prevê regionalização e impõe as mesmas normas tanto para as escolas públicas quanto para as particulares.