Conselho de Medicina diz que vai manter liberação do tratamento precoce com cloroquina

Presidente do conselho, Mauro Luiz de Britto Ribeiro criticou o que chama de "politização criminosa" em relação à pandemia

Foto: Marcos Corrêa/PR/Flickr
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O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, defendeu Jair Bolsonaro em artigo publicado na Folha de S.Paulo, neste domingo (24), e disse que o conselho vai manter a liberação de tratamento precoce contra Covid-19 - inclusive com o uso de cloroquina.

Mesmo sem a comprovação científica de que esse ou qualquer outro medicamento funcione contra a doença, o CFM liberou logo no início da pandemia, em 2020, o uso de remédios para tratamento precoce. O método é negado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

No artigo, no entanto, Ribeiro alega que norma deve ser mantida em "respeito à autonomia" do médico. Bolsonaro é um dos apoiadores desse tipo de atendimento.

"O ponto fundamental que embasa o posicionamento do CFM é o respeito absoluto à autonomia do médico na ponta de tratar, como julgar mais conveniente, seu paciente; assim como a autonomia do paciente de querer ou não ser tratado pela forma proposta pelo médico assistente", afirma.

O presidente do CFM também criticou o que chama de "politização criminosa" em relação à pandemia e a Jair Bolsonaro.

"Assuntos irrelevantes relacionados à Covid-19 dominam o noticiário, com discussões estéreis entre pessoas sem formação acadêmico-científica na área de saúde, dando opiniões como especialistas, porém com cunho político e ideológico", afirma.