O relator da CPI do Genocídio, Renan Calheiros (MDB-AL), atendeu pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e incluiu o senador bolsonarista, Luis Calos Heinze (PP-RS), na lista dos indiciados pela comissão. O relatório final está sendo votado nesta terça-feira (26).
“Ele repete reiteradamente a mentira para desinformar o cidadão”, apontou Vieira, depois que Heinze leu seu voto paralelo na comissão. O bolsonarista, reiteradamente, defende o uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19.
"Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da República, do líder do governo. Não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do colega senador da República”, acrescentou.
"Já acolhi o requerimento do senador Alessandro. Pela maneira como, apesar das advertências, o senador Heinze rescindiu aqui todos os dias, apresentando estudos falsos, logo negados pela ciência, e pela maneira como incitou o crime em todos os momentos, eu queria nesta última sessão, dar um presente a vossa excelência. Vossa excelência será o 81º primeiro indicado dessa CPI", anunciou Renan.
A decisão provocou muita discussão entre os senadores e críticas dos governistas, principalmente porque Heinze é um dos integrantes da comissão.
Depois disso, Renan deu início à leitura com os nomes de todos os indicados.
Seria killer
Em entrevista coletiva antes da votação do relatório final da CPI, Renan afirmou que o presidente Bolsonaro (sem partido) tem “compulsão pela morte” e que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se revelou pior que Eduardo Pazuello.
“Essa responsabilidade (mortes pela Covid) é de muita gente, tem muitos indiciados, mas ela é, principalmente, desse presidente da República (Jair Bolsonaro), esse serial killer que tem compulsão de morte e que continua a repetir tudo que fez anteriormente. Agora com a declaração de que a vacina pode proporcionar Aids, ele demonstra que não tem respeito nenhum com a vida dos brasileiros e nem zela pela saúde pública”, criticou Calheiros.