O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fechou uma compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin com uma empresa que está no centro de um escândalo de corrupção e que possui um histórico de problemas com fornecimento de materiais na área da saúde.
De acordo com as investigações, a Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda, que representa no Brasil o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, já vendeu testes de Covid-19 superfaturados ao governo do Distrito Federal após uma licitação fraudada.
Com isso, a empresa é investigada como participante de uma organização criminosa e deverá ser denunciada ainda neste ano. A informação é da revista Veja.
Além disso, o contrato de Pazuello com a Precisa Comercialização foi realizado sem licitação por R$ 1,6 bilhão. O preço de cada dose, portanto, foi mais alto do que o de outros imunizantes.
Cada dose de Covaxin, que ainda está na terceira fase de testes na Índia e não tem autorização para uso no Brasil, custará ao governo brasileiro 14,9 dólares.
O contrato do Instituto Butantan com o Ministério da Saúde, assinado em janeiro, a dose da CoronaVac saiu por 10 dólares. Já no primeiro lote de 2 milhões de vacinas da AstraZeneca importadas pela Fiocruz o preço foi de 5 dólares a dose.