Governo Bolsonaro recusou três ofertas do Instituto Butantan de milhões de doses da CoronaVac

Na última tentativa, ofício foi entregue em mãos ao ministro Pazuello pelo próprio diretor do instituto. Uma resposta foi enviada apenas duas semanas depois

Foto: Divulgação
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O governo de Jair Bolsonaro recebeu três ofertas do Instituto Butantan para comprar a CoronaVac, a vacina produzida em parceira com o laboratório chinês Sinovac. De acordo com reportagem de Malu Gaspar, na revista piauí, o governo só manifestou interesse na aquisição das doses na última tentativa.

A primeira oferta foi feita em 30 de julho. O instituto informava em ofício que tinha condições de fornecer “60 milhões de doses da vacina a partir do último trimestre de 2020”. O Butantan nunca recebeu uma resposta sobre a oferta.

No dia 18 de agosto, uma nova investida foi realizada. O instituto enviou um segundo ofício prometendo fornecer 45 milhões de doses em dezembro e 15 milhões no primeiro trimestre de 2021, ao custo de 21,50 reais a dose. Mais uma vez, a oferta não obteve resposta.

A terceira e última tentativa foi realizada no dia 7 de outubro. Desta vez, o documento foi enfático sobre o avanço da doença no país e fez cobranças: “Sobre esta proposta, solicitamos a manifestação do ministério o mais breve possível.

Além disso, de acordo com a reportagem, o documento foi entregue em mãos ao general Eduardo Pazuello por Dimas Covas, presidente do Butantan. Quase duas semanas depois, o Ministério da Saúde mandou uma carta ao instituto tratando da intenção de comprar 46 milhões de doses da CoronaVac.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, logo suspendeu a iniciativa. Em declaração feita publicamente, garantiu que não compraria nenhuma dose da “vacina chinesa do Doria”.

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