Exatos dois meses após expor uma postura negacionaista em relação à vacina contra o coronavírus, a ex-secretaria de Cultura do governo Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte, tomou a vacina fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
"Era pra ter postado anteontem, na segunda passada", escreveu, de forma confusa, junto ao vídeo divulgado em seu perfil no Instagram nesta quarta-feira (24). A atriz ainda divulgou o comprovante de que a vacina do "Butantan" foi aplicada na segunda-feira, 22 de março.
No dia 21 de janeiro, Regina Duarte replicou um texto da colega Mônica Fraga que enumera 14 perguntas sobre razões para não se tomar a vacina contra o Coronavírus.
“(A vacina) Isso não elimina a necessidade de proibições de viagens. Não elimina a necessidade de fechar negócios. Não elimina a necessidade de fechamentos em geral. Não elimina a necessidade de uso de máscaras. Então… que diabos esta vacina está realmente fazendo?”, diz o texto.
Cloroquina e ivermectina
Mesmo após receber a primeira dose da vacina, Regina Duarte segue com sua cruzada pelo "tratamento precoce", amplamente divulgado entre os bolsonaristas.
Depois de orientar os seguidores a usarem o "coquetel da cloroquina", a atriz publicou um vídeo em seu instagram nesta quinta-feira (25) em que um homem conta aquela que seria a história da ivermectina e defende a tese de que o "Ivomec é a vacina do coronavírus de boi".
"Existe a vacina para coronavírus há 49 anos. O Ivomec [antiparasitário de uso veterinário] é uma vacina para coronavírus de boi. Depois veio a virose do cachorro, viram que era coronavírus e fizeram o ivermec. E essa vacina foi transformado em comprimido para que os humanos pudessem usar", diz o homem, em relação à Ivermectina.
"Não é um antiparasitário, como se diz por aí, um remédio para matar verme. É uma vacina para coronavírus. Se ela mata vermes, mata helmintos, é outra coisa. Mas, ela é uma vacina especialmente para coronavírus", diz o homem, insistindo na tese.