CPI: Hospitais federais do Rio podem ser alvos de busca e apreensão

Algumas unidades não encaminharam à comissão a documentação solicitada pelos senadores que investigam irregularidades nos hospitais e institutos federais do Rio de Janeiro

Randolfe Rodrigues Humberto Costa e Renan Calheiros - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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Com o retorno dos trabalhos da CPI do Genocídio, nesta terça-feira (3), os senadores estudam a possibilidade de determinar busca e apreensão nos hospitais federais de Bonsucesso e do Andaraí, além do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro.

As unidades não encaminharam à comissão a documentação solicitada, no dia 23 de junho, pelos senadores que investigam irregularidades nos hospitais e institutos federais do Rio. O prazo dado era de dez dias, de acordo com informações de Elis Barreto e Maria Mazzei, na CNN Brasil.

Os integrantes da comissão revelaram, também, que vão  convocar cinco pessoas para prestarem depoimentos, sendo quatro como investigadas e uma como testemunha. 

Conforme os requerimentos enviados aos diretores de seis hospitais federais e três institutos federais do Rio, foram solicitados, no prazo de dez dias, “cópia integral de todos os contratos, de todas as modalidades, firmados entre o hospital com todas as empresas fornecedoras de serviços essenciais, de apoio diagnóstico e terapêutico, reforma e manutenção predial e de equipamento de limpeza, lavanderia e alimentação, vigilância, insumos, de mão de obra, inclusive contrato de terceirizados, entre outro, no período compreendido entre 01.01.2017 até a data presente”.

Durante o período de recesso, os senadores analisaram boa parte dos documentos enviados pelas outras unidades:  Hospital Federal dos Servidores, Hospital Federal de Ipanema, Hospital Federal da Lagoa, Hospital Federal Cardoso Fontes, Instituto Nacional de Cardiologia e Instituto Nacional de Câncer. 

Após a análise, o senador Humberto Costa (PT-PE), informou na última sexta-feira (30), que pretende convocar como investigados o ex-superintendente do Ministério da Saúde no Rio, Marcelo Lambert; o servidor Joabe Antônio Oliveira, coordenador administrativo do Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá;  o ex-superintendente George Divério, antecessor de Lambert na função; e Cristiane Jourdan, ex-diretora do Hospital Geral de Bonsucesso e atual diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Testemunha

Costa informa que Paulo Roberto Cotrim, que antecedeu Jourdan, é o único não considerado suspeito. Por isso, terá o nome apresentado à CPI como testemunha.

Além do senador Humberto Costa, o grupo que apura as irregularidades nas unidades federais do Rio é formado pelas senadoras Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Simone Tebet (MDB-MS).