CPI: Randolfe mostra mensagens e revela vazamento de operação da PF

Francisco Maximiano, sócio da Precisa, em conversa com o empresário José Ricardo Santana e com o lobista Marcony Albernaz, vazou informações sobre a Operação Falso Negativo antes de ser deflagrada

José Ricardo Santana – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI do Genocídio, confrontou José Ricardo Santana, empresário e ex-funcionário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que depôs à comissão nesta quinta-feira (26).

Randolfe apresentou mensagens, que mostram que Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, vazou informações a respeito de uma operação da Polícia Federal (PF) antes de ser deflagrada. 

Na troca de mensagens, Santana conversou com Maximiano e Marcony Albernaz, lobista da Precisa, sobre a Operação Falso Negativo. A ação da PF tinha por objetivo investigar irregularidades na Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A Precisa era um dos alvos. 

Ao ser informado a respeito da operação, Albernaz disse: “Já tinha visto. O Max [Maximiano] me avisou”. 

Após mostrar as mensagens, Randolfe fez uma série de questionamentos: “Quem informa o senhor Francisco Maximiano, às 5h16, sobre a operação? De onde vazou a informação da operação? Só quem sabe é a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal”, afirmou. “Que poder é esse que os senhores Maximiano e Marcony sabem da operação antes de ela acontecer?”, continuou indagando.

Revelações “graves”

Em seguida, o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, afirmou que as revelações são “graves”. “É uma operação com sinais claros e cirúrgicos para atingir alguns e proteger outros. Está claro, seja a operação contra qualquer pessoa, com a Precisa no governo do Pará, com a Precisa no governo do Distrito Federal, mas quando chega em servidores do governo federal se permite que eles continuem no mesmo cargo com essas provas. Foi isso que aconteceu e isso é mais grave do que possa imaginar”, destacou.

Investigado

Após o depoimento, a CPI passou José Ricardo Santana de testemunha a investigado. A decisão foi tomada por causa de inúmeras respostas evasivas do depoente, inclusive afirmando várias vezes que não se lembrava dos fatos.