A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) defende a adoção de um esquema especial para a realização da vacinação em crianças de 5 a 11 anos. O Ministério da Saúde incluiu a imunização infantil no plano nacional de combate à Covid-19 na quarta-feira (5). A agência autorizou essa imunização em dezembro.
Em comunicado difundido em 16 de dezembro, data da liberação da versão pediátrica do imunizante da Pfizer, a Anvisa listou 17 recomendações. A primeira delas é "que a vacinação das crianças nessa faixa etária seja iniciada após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação da vacina, uma vez que a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose
inadequada e da preparação errônea do produto".
O imunizante para crianças de 5 a 11 anos possui uma dosagem diferenciada, que representa praticamente um terço da vacina de adultos.
A agência recomenda ainda que "a vacinação de crianças seja realizada em ambiente específico e segregado da vacinação de adultos, em ambiente acolhedor e seguro". A sala de aplicação também deve ser específica para imunização contra a Covid-19, sem a possibilidade de aplicar outros imunizantes junto. As crianças devem ficar por 20 minutos no local.
Os profissionais de saúde são orientados a mostrar ao responsável que acompanha a criança "que se trata da vacina contra a COVID-19, frasco na cor laranja, cuja dose de 0,2ml, contendo 10 mcg da vacina contra a COVID-19, Comirnaty (Pfizer/Wyeth), específica para crianças entre 5 a 11 anos, bem como seja mostrado a seringa a ser utilizada (1 mL) e o volume a ser aplicado (0,2mL)".
O intervalo para a imunização contra outras doenças deve ser de 15 dias.
A Anvisa chegou a produzir um vídeo com as recomendações.