Acusado de esconder armas de assassino de Marielle tentou usar coronavírus para sair da prisão

Advogados do lutador Josinaldo Freitas, o Djaca, que tem fotos com Jair e Carlos Bolsonaro nas redes sociais, alegou que ele pertence ao grupo de risco para a COVID-19 por ser hipertenso e diabético

Bolsonaro e o lutador Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca (Reprodução)
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Preso em outubro de 2019 acusado de jogar no mar as armas que o ex-PM Ronnie Lessa teria sido usado no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o lutador Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, entrou com pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) alegando que faz parte do grupo de risco do coronavírus para deixar a prisão.

“Segundo o tribunal fluminense, a pandemia da Covid-19 não é motivo, no momento, para a revogação da prisão preventiva, pois a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro vem tomando medidas temporárias para prevenir o contágio no sistema penitenciário, de acordo com as recomendações das autoridades sanitárias”, disse o ministro Ribeiro Dantas, que negou o pedido.

A defesa de Djaca, que tem fotos com Jair e Carlos Bolsonaro nas redes sociais, alegou que o lutador pertence ao grupo de risco para a COVID-19 por ser hipertenso e diabético.

Segundo o ministro, o TJRJ registrou ainda que não há laudo médico que ateste a real situação de saúde de Josinaldo Freitas e a possibilidade de eventuais problemas serem tratados no próprio presídio — documento que está sendo providenciado por ordem do juízo de primeira instância.

Djaca participou de um esquema para se desfazer das armas de Ronnie Lessa logo após a prisão do ex-PM, em março do ano passado.

Segundo a acusação, Josinaldo contratou os serviços de um barqueiro na Barra da Tijuca, e teria descartado uma caixa com armas de Lessa no mar, próximo às Ilhas Tijuca. Mesmo após buscas feitas pela Marinha do Brasil, os objetos não foram encontrados até hoje.

Carlos Bolsonaro e o lutador Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca