Ao criticar quarentena, Roberto Justus propõe volta ao passado: "Se fosse há 30 anos, não teria fechado"

Empresário disse ainda que Covid-19 "não é catastrófica" e associou o rombo econômico ao "politicamente correto"; em março, Justus teve áudio vazado em que minimizava a pandemia e dizia que a doença "só mata velhinhos"

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O empresário Roberto Justus voltou a criticar a quarentena nesta terça-feira (2) em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Para ele, os decretos de prefeitos e governadores que impõem limites ao que pode ou não funcionar é o motivo da atual crise econômica, e não o coronavírus.

"O maior erro foi fechar dessa forma a humanidade", disse.

De acordo com o empresário, a Covid-19, que já matou quase meio milhão de pessoas em todo o mundo, "não é tão grave". "Não deveria deixar a economia ter o maior tombo da humanidade por causa do politicamente correto", disparou.

O apresentador de TV ainda propôs uma volta ao passado, indo contra as recomendações de especialistas no tema. "Se fosse 30 anos atrás, não teria fechado como foi fechado", declarou.

Para finalizar, Justus ainda disse que o coronavírus "não tem dimensões tão catastróficas", mesmo diante do fato de que a pandemia está em plena ascensão no Brasil.

Gripezinha

Em março, Roberto Justus teve um áudio vazado em que afirmava que o coronavírus não passa de uma “gripezinha leve” que só “mata velhinhos”.

No áudio, ele ainda garante que o coronavírus não vai matar ninguém na periferia e demonstrou descontentamento com as medidas restritivas e de isolamento anunciadas pelos governos estaduais. Justus está preocupado com os “prejuízos econômicos”.“Então, na favela não vai acontecer porra nenhuma se entrar o vírus, muito pelo contrário. Essa molecada que está na favela. Criança então, de zero a dez anos nenhum caso. E as crianças nem pegam a doença”, afirmou.

Justus diz ainda que seria bom que todos fossem infectados com o vírus, porque “pegaríamos anticorpos e ele [covid-19] acabaria de uma vez”, defendendo uma polêmica tese que foi adotada inicialmente pelo governo britânico, mas logo descartada após a divulgação de alguns estudos.