Após Amazonas, Roraima pede ajuda a Venezuela por oxigênio

Segundo o senador Telmário Mota (PROS-RR), o estado já recebeu uma carga do insumo venezuelano

Caminhões com oxigênio saindo da siderúrgica venezuelana | Foto: Siderúrgica del Orinoco Alfredo Maneiro
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O secretário de saúde de Roraima, Marcelo Lopes, pediu ao governador Antônio Denarium (Sem Partido, ex-PSL) que busque ajuda na Venezuela e na Guiana para conseguir garantir o oxigênio suficiente para o sistema de saúde do estado, que atingiu colapso em razão da pandemia do novo coronavírus.

Em ofício obtido pelo jornalista Leandro Resende, da CNN Brasil, o secretario calcula que precisa 100.000m³ diários de Oxigênio Líquido Medicinal e aponta que o Ministério da Saúde já foi avisado da situação crítica.

Lopes pretende recorrer aos países vizinhos em razão "do preocupante momento pandêmico que se apresenta, com o elevado aumento no número de casos confirmados da COVID-19 e em consequência, o crescente número de pacientes internados em nossas Unidades Hospitalares com o quadro clínico agravado da doença”.

Segundo o senador Telmário Mota (PROS-RR), o estado recebeu uma carga de oxigênio da Venezuela. "Roraima recebeu 20 mil m³ de oxigênio da Venezuela atendendo ao pedido de ajuda que fiz ao ministro de Relações Exteriores do país, Jorge Arreaza. Essa relação de cooperação entre os dois países, em momentos de crise, é de suma importância", escreveu Mota no Twitter.

Manaus

Em razão da crise de Manaus, a Venezuela chegou a disponibilizar dois terços da produção de oxigênio de sua planta industrial de Puerto Ordaz para atender a emergência sanitária do Amazonas. No último dia 17 foram enviados oito caminhões carregados com aproximadamente 130 mil litros de oxigênio para abastecer os hospitais da capital amazonense.

Os esforços da Venezuela com Manaus não acabaram por aí. O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, afirmou que segue negociando com a capital a manutenção de envios e fechou um acordo com centrais sindicais para doações semanais.