Após se livrar do coronavírus, Wuhan decide proibir a caça e o consumo de animais silvestres

Cidade chinesa não permitirá mais a venda de animais vivos e também tornará ilegal a caça de diversas espécies, declarando-se como “santuário da vida selvagem”

Mercado em Wuhan, na China, onde teria se originado o coronavírus (Reprodução)
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A cidade de Wuhan, ponto de partida da pandemia que assola todo o mundo atualmente, realizou dois decretos nesta quarta-feira (20), pelos quais passou a proibir a caça de animais silvestres, a comercialização de animais vivos em seus mercados e também o seu consumo.

A medida incluirá ajuda financeira aos comerciantes e trabalhadores que vivem desse negócio, para que deixem suas atividades e se dediquem a outras coisas. No caso da caça, haverá exceções apenas para “pesquisas científicas, regulação populacional, monitoramento de doenças epidêmicas e outras circunstâncias especiais”.

Apesar das bravatas políticas defendidas por alguns países sobre a respeito da origem do coronavírus, na comunidade científica existe certo consenso sobre o fato de que a pandemia do novo coronavírus, que começou em Wuhan, foi provocada pela transmissão do vírus de animais silvestres (um morcego ou um pangolim) para seres humanos.

Também é majoritária a teoria de que essa transmissão pode ter acontecido no Mercado de Wuhan, onde é comum até mesmo a venda de animais vivos, ou o seu consumo em iguarias exóticas da culinária local.

Além disso, as autoridades de Wuhan afirmam será declarada como “santuário da vida selvagem”. No entanto, ainda há pressões internacionais para que essas medidas sejam adotadas em toda a China, já que há muitas outras cidades onde esse mercado também é comum.

Vale destacar que o governo chinês já havia implementado medidas para coibir esse comércio há mais de 15 anos, após o surto da gripe SARS (também causada por um tipo de coronavírus), mas elas não foram suficientes para impedir totalmente a sua existência.