Baixa taxa de eficácia no Brasil se deu porque Coronavac foi testada em profissionais de saúde, diz Sinovac

Yin Weidong, CEO do laboratório chinês, diz que o grupo testado no Brasil é de "alto risco para contrair a Covid-19". Na Turquia, a taxa foi de 91% de eficácia, e na Indonésia, que iniciou a vacinação hoje, de 65%

Yin Weidong, CEO da Sinovac (Reprodução)
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O CEO da Sinovac, Yin Weidong, disse nesta quarta-feira (13) que a baixa taca de eficácia da CoronaVac no Brasil - de 50,38% - se deu porque os testes foram realizados majoritariamente em "médicos e pessoas que atuam na área da saúde" que, segundo ele fazem parte de um grupo de alto risco de contrair a Covid-19.

"Esses dados [brasileiros] mostram que as vacinas têm boa eficácia e segurança em todos os ensaios clínicos da terceira fase. Aceleramos o aumento da capacidade de produção", disse Weidong em entrevista coletiva, na primeira manifestação da empresa após a divulgação dos dados pelo Instituto Butantan.

Números divulgados anteriormente pela Turquia mostram taxa de 91% de eficácia da vacina. Na Indonésia, que começou a vacinação nesta quarta, o índice foi de 65%.

Segundo o jornal South China Morning Post, Weidong reafirmou que a vacina é altamente eficaz e que os testes da vacina no exterior envolveram um total de 24.400 participantes.

No entanto, Weidong não confirmou se a empresa divulgaria taxas gerais de eficácia combinando as do Brasil, Turquia e Indonésia.