O presidente Jair Bolsonaro anunciou em suas redes sociais na manhã desta quarta-feira (20) que o Ministério da Saúde decidira hoje um novo protocolo sobre o uso de cloroquina contra o coronavírus no Brasil. "Uma esperança, como relatado por muitos que a usaram", escreveu.
Desde que Nelson Teich pediu demissão do cargo, a pasta tem sido comandada pelo general Eduardo Pazuello. Recentemente, o ministro interino nomeou mais quatro militares do Exército para cargos no órgão. Os nomes foram publicados na edição desta quarta-feira (20) do Diário Oficial da União.
Aos poucos, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) tem aumentado a presença de militares ni ministério. Somados aos nove nomeados nesta terça-feira, já são 13 os militares chamados para atuar no combate à crise do coronavírus, a maior parte deles sem formação nem experiência da área da Saúde.
Com isso, há uma maior facilidade em aprovar medidas que são alinhadas com o que o presidente tem defendido contra a doença, como é o caso da cloroquina. O medicamento não tem aval científico e foi o principal motivo que levou à demissão de Teich.
Em live com o jornalista Magno Martins realizada nesta terça-feira (19), o presidente tratou da pandemia que matou mais de mil pessoas apenas nas últimas 24 horas com o deboche habitual.
“O que é a democracia? Você não quer? Você não faz. Você não é obrigado a tomar cloroquina”, disse. “Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma tubaína”, ironizou, referindo-se a um refrigerante e ignorando que cabe aos médicos, e não aos pacientes, avaliar o tratamento.