Bolsonaro "lamenta" 200 mil mortes por Covid: "A vida continua"

Presidente ainda sugeriu que parte dessas 200 mil mortes não teria sido motivada pela doença do coronavírus

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No dia em que o Brasil superou a triste marca de 200 mil mortos em decorrência da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a doença.

Mesmo diante do fato de que o país segue sem um plano sólido de vacinação e vive uma inegável segunda onda da doença, o ex-capitão insiste em pedir para as pessoas "enfrentarem" o vírus e desdenhar do sofrimento de famílias que perderam entes queridos.

Em sua live semanal desta quinta-feira (7), Bolsonaro chegou a "lamentar" a marca de 200 mil mortos mas, logo na sequência, mostrou insensibilidade.

"Lamento as 200 mil mortes. Muitas dessas mortes com Covid, outras de Covid. Não temos uma linha de corte no tocante a isso daí. Mas a vida continua", disparou. Ao falar sobre "mortes com Covid", o presidente sugeriu que nem todos os óbitos contabilizados foram causados pela doença do coronavírus, mas sim por outros motivos.

Como de praxe, Bolsonaro ainda voltou a criticar as medidas de isolamento. "Não podemos nos transformar em um país de pobres", afirmou.

200 mil mortes

O Brasil bateu mais uma triste marca na pandemia do novo coronavírus nesta quinta-feira (7). O país ultrapassou o número de 200 mil vidas perdidas para a Covid-19. São, exatamente, 200.498.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.524 mortes devido à Covid-19, segundo o Ministério da Saúde. É o maior número de registros desde 29 de julho, quando 1.595 óbitos foram contabilizados – o recorde em um só dia na pandemia.

Os números do Ministério da Saúde, que totaliza os registros das secretarias estaduais, mostram que mais 87.843 pessoas tiveram o diagnóstico de Covid-19 confirmado nas últimas 24 horas. Dessa forma, o total de pacientes já contaminados pelo Sars-CoV-2 chegou a 7.961.673.