Bolsonaro nomeou esposa de Ricardo Barros para receber salário de R$ 27 mil

A nomeação foi efetivada apesar de o presidente ter sido informado das irregularidades no contrato para a compra da Covaxin, cujo pivô é justamente seu líder na Câmara

Bolsonaro e Barros - Foto: Reprodução
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No dia 6 de maio, Jair Bolsonaro nomeou Maria Aparecida, esposa do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), para uma cadeira no conselho de administração de Itaipu. Ela passou a receber salários de R$ 27 mil “para comparecer a reuniões que acontecem de dois em dois meses”. A informação é da coluna de Lauro Jardim, em O Globo.

A nomeação foi efetivada apesar de o presidente ter sido informado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, a respeito das irregularidades no contrato para a compra da Covaxin, cujo pivô é Barros.

Dois dias antes da reunião com Miranda (DEM-DF) e reconhecer que seu líder na Câmara era o principal articulador do esquema de corrupção na compra da vacina indiana, Bolsonaro concedeu uma audiência ao deputado do PP. 

Uma postagem de Barros, do dia 18 de março, mostra que ele e Bolsonaro tiveram uma “boa conversa” no gabinete presidencial sobre o auxílio emergencial.

https://twitter.com/RicardoBarrosPP/status/1372635022277160963

Prevaricação

Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado para apurar a conduta do governo federal durante a pandemia avisou nesta quinta (25), no fim da noite, que informará ao STF que Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação.

A declaração foi dada pelo vice-presidente da CPI do Genocídio, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que disse não haver dúvidas de que Bolsonaro prevaricou e que, em observância ao que determina a Constituição Federal, tal fato deve ser comunicado à instância máxima do Judiciário.

“Estão dados todos os elementos de prevaricação. Nós estaremos propondo, a direção da CPI irá analisar a possibilidade, de comunicar o STF a ocorrência desse crime para a observância do que está disposto na Constituição”, explicou o parlamentar.