Brasil é citado como exemplo negativo por secretário de Saúde do Reino Unido

Matt Hancock não conseguiu citar outro país além do Brasil que estaria em situação pior que o Reino Unido diante da pandemia do coronavírus

Foto: Marcos Corrêa/PR
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Ao defender sua política de quarentena, o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, usou nesta quarta-feira (17) o Brasil de Jair Bolsonaro como o exemplo de um país em que a pandemia do coronavírus está fora de controle.

"É realmente triste ver alguns países como, por exemplo, o Brasil, onde os números estão realmente explodindo, por isso temos que ter essa medida em prática", afirmou Hancock.

O secretário defendia a quarentena forçada a estrangeiros que chegassem ao país, questão que intrigou a jornalista Kay Burley, da Sky News. Burley questionou o secretário sobre quais países estariam pior do que o Reino Unido para que tal política fosse vista como funcional.

"Minha avaliação é que, infelizmente, a quarentena é necessária porque há países em que a taxa de infecção está bem acima de um", disse o secretário. "Além do Brasil, quais países?", questionou a jornalista.

Hancock não conseguiu citar outro país e disse que anunciaria no fim do mês.

Corticóide

Na terça-feira, pesquisadores da da Universidade de Oxford divulgaram o resultado de um estudo indicando que o corticoide dexametasona, usado em pacientes com casos graves de covid-19, conseguiu reduzir em 35% o número de mortes.

O medicamento tem ação anti-inflamatória e é de baixo custo (no Brasil, uma caixa de 10 comprimidos de dexametasona custa pode custar entre 7 e 13 reais, dependendo da região), o que faz com que esta seja uma muito boa notícia, já que significa uma maior chance de sobrevivência através de um produto acessível para grande parte das pessoas.

Com informações do The Independent e do Express