Brasil registra mais de 200 mortes de grávidas e puérperas após diagnóstico de Covid-19

Estudo aponta que 22,6% das mulheres que morreram não tiveram acesso a um leito de UTI e 36% não chegaram a ser intubadas

Foto: Ana Nascimento/Portal Brasil
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Estudo do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) aponta que, no Brasil, 201 mulheres morreram durante a gestação ou no puerpério, nome que se dá ao período do pós-parto, depois do diagnóstico de Covid-19.

Segundo a pesquisa, 22,6% das mulheres que morreram não tiveram acesso a um leito de UTI e 36% não chegaram a ser intubadas. Ao todo, são 1.860 casos da doença notificados nesse grupo de mulheres no país até o último dia 14 de julho.

O levantamento foi realizado por um grupo de obstetras e enfermeiras de 12 universidades e instituições públicas, como Fiocruz, USP, Unicamp e Unesp.

O Brasil já é um país que apresenta taxas altas de morte materna. Por ano, cerca de 60 mulheres grávidas ou no pós-parto morrem a cada 100 mil nascimentos de bebês vivos. Portugal e Argentina têm 8 e 39 mortes por 100 mil, respectivamente.

Segundo a pesquisa “A tragédia da Covid-19 no Brasil”, publicada no International Journal of Gynecology & Obstetrics, 77% das gestantes de todo o mundo que morreram em decorrência da Covid-19 durante a gravidez ou o puerpério eram brasileiras.

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