Butantan nega "entrega imediata" de vacinas ao governo e cobra plano logístico

Sem conseguir importar as vacinas compradas na Índia, o governo Bolsonaro decidiu pressionar o instituto pelas doses da CoronaVac

Doses da CoronaVac - Foto: Governo do Estado de São Paulo
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O Instituto Butantan enviou uma nota em resposta ao pedido do Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, afirmando que só enviará as doses contratadas pela pasta após a apresentação de um plano. A pasta enviou um ofício ao instituto pedindo "entrega imediata".

"Para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, estado mais populoso do Brasil. Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe. Portanto, o instituto aguarda manifestação do Ministério também em relação às doses da vacina contra o novo coronavírus", disse o instituto em nota obtida pela CNN Brasil.

O Ministério da Saúde tem um contrato que prevê a chegada de 8,7 milhões de doses até 31 de janeiro, sendo 6 milhões importadas e 2,7 milhão produzido no instituto.

Logo após o governo fracassar na tentativa de importar  o lote de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford compradas pela Fiocruz, foi enviada uma cobrança ao Butantan.

O ministério pediu “a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa”.

Com informações da CNN Brasil e da Folha de S. Paulo