Cármen Lúcia dá prazo para CPI explicar quebras de sigilo de Ricardo Barros

O líder do governo Bolsonaro ingressou com mandado de segurança no STF para tentar anular a quebra de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático

Cármen Lúcia (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
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Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu, nesta quinta-feira (19), prazo de 24 horas para que a CPI do Genocídio se manifeste em relação à solicitação do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) para suspender as quebras de sigilo determinadas pela comissão. Barros é líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara.

“Determino sejam requisitadas informações à autoridade indigitada coatora, em especial sobre a quebra do sigilo fiscal a alcançar período anterior ao pandêmico (2016 até a presente data), para prestá-las no prazo máximo de 24 horas”, destaca um dos trechos do despacho da ministra.

Antes disso, o líder do governo Bolsonaro ingressou com mandado de segurança no STF. O objetivo é tentar anular a quebra de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático, decretada pela comissão.

A defesa de Barros alega que a CPI não tem poder para quebrar sigilo de um deputado federal. Além disso, diz que a determinação não foi “devidamente fundamentado”.

Investigado

Nesta quarta-feira (18), a CPI tornou Ricardo Barros formalmente investigado. A comissão trabalha com a suspeita de que o líder do governo estaria envolvido em supostas irregularidades na tentativa de compra de imunizantes contra a Covid-19.

O senador Renan Calheiros, (MDB-AL), relator da comissão, avalia que Barros teria participado das negociações de vacinas no Ministério da Saúde, por meio do ex-diretor de logística da pasta, Roberto Ferreira Dias.

Com informações do Metrópoles