Colômbia militariza fronteira com o Brasil para conter entrada do coronavírus pela Amazônia

O próprio presidente do país, Iván Duque, anunciou a medida “por recomendação do Ministério da Saúde, para reforçar o isolamento na região e conter uma situação antes que ela se torne preocupante”

Ivan Duque - Foto: Reprodução/ Facebook/Iván Duque
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Nesta terça-feira (12), o presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou através das redes sociais que reforçará a presença militar na fronteira com o Brasil, para impedir que pessoas contagiadas pelo coronavírus ingressem ao país.

Segundo Duque, a medida foi tomada para proteger a população da região da Amazônia colombiana. “Seguimos a recomendação do Ministério da Saúde, para reforçar o isolamento e conter uma situação antes que ela se torne preocupante”.

A principal fronteira entre a Colômbia e o Brasil é a que une a cidade colombiana de Leticia, no sudeste desse país (para onde serão enviados os reforços militares), e a brasileira Tabatinga, no Amazonas.

O estado no Norte brasileiro vem sofrendo com um grande número de infectados e mortes por covid-19 nas últimas semanas, especialmente na capital Manaus.

A Colômbia não é o primeiro país a manifestar uma postura mais drástica com relação ao Brasil por causa da pandemia. Na sexta (8), o presidente do Paraguai, Abdo Benítez, declarou que “nem me passa pela cabeça reabrir fronteiras com o Brasil”. Três dias depois, na segunda (11), o presidente do Congresso desse país, Blas Llano, afirmou que “o Brasil é ameaça” ao seu país.

Vale lembrar que a Colômbia tem 12,3 mil casos de covid-19 (com 493 mortes e 3 mil recuperados) até o momento, enquanto o Paraguai tem apenas 737 casos totais (10 mortes e 173 recuperados). Já o Brasil, sétimo país do mundo mais atingido pelo vírus, tem 177,6 mil infectados (12,4 mil mortes e 72,6 mil recuperados). Todos os dados citados são do observatório da Universidade Johns Hopkins.