Com recorde de 150 enfermeiros mortos por Covid, Brasil tem risco de colapso no sistema de saúde

Com mais de 16,6 mil profissionais infectados, conselho que assessora Ministério da Saúde, composto por infectologistas da USP, Unifesp e Fiocruz, diz que pandemia entre enfermeiros traz risco de serviços de saúde se tornarem "epicentros de surtos locais"

Hospital de campanha para tratar pacientes com Covid-19 em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
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Linha de frente no combate ao coronavírus, os enfermeiros estão sendo as maiores vítimas da doença no Brasil, que registrou o recorde mundial de 150 profissionais da área mortos e 16.660 contaminados na última segunda-feira (26). No total, o país registra 24.152 mortos e 391.222 casos da Covid-19, segundo dados desta terça-feira (26).

O grupo que assessora o Ministério da Saúde, composto por infectologistas da USP, Unifesp e Fiocruz, alertam que “o impacto da pandemia nos profissionais” traz o risco de que os serviços de saúde “se tornem epicentros de surtos locais” e que há possibilidade de “colapso” no sistema.

O conselho pede prioridade no atendimento a profissionais infectados, para rápido retorno ao trabalho, e quer que enfermeiros que façam parte do grupo de risco sejam afastados da assistência direta a pacientes, monitoramento diário em relação a sintomas e treinamento no uso de equipamentos de proteção.

As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo desta quarta-feira (27).