O vice-presidente da CPI do Genocídio, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), usou as redes sociais para se manifestar diante da informação de que o governo de Jair Bolsonaro decidiu suspender a compra da vacina Covaxin, em razão de indícios de corrupção.
“Se não tinha nada de errado, por que irão suspender? Isso só tem um nome: confissão!”, afirmou Randolfe.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, revelou, na tarde desta terça-feira (29), à CNN Brasil, a decisão de interromper o contrato. “Não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”, afirmou.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) resumiu em uma frase sua avaliação da medida tomada pelo governo: “Suspendeu porque fedeu”.
“É a maior prova de que não eram apenas erros formais. Precisa suspender, agora, toda a Medida Provisória, que denunciei em 23 de fevereiro. Era o manual armado para montar esquema em compras de vacinas com recursos da Covid”, destacou.
Alerta
Padilha havia avisado, em fevereiro, em plenário, que a Medida Provisória (MP) das Vacinas poderia abrir as portas com o objetivo de “liberar esquemas” de corrupção no governo de Jair Bolsonaro, especialmente pela cláusula de pagamento antecipado, que foi aprovada.
“Quando o governo decreta situação de emergência de saúde pública, uma série de condições para agilizar as compras estão garantidas. O que está aqui não é para agilizar e, sim, pagar antecipado”, ressaltou, à época, o parlamentar.