Coronavírus: Cuba aplicará Interferón de forma preventiva em seus profissionais de saúde

Objetivo da iniciativa é proteger médicos e enfermeiras, que estão mais expostos ao vírus, e evitar o que aconteceu em países como Itália, Espanha e Brasil, onde é cada vez maior o número desses profissionais contagiados ou mortos por covid-19

Produção do Interferón, medicamento que combate o coronavírus, no BIOCEN de Cuba (foto: Ricardo López Hevia/Granma)
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O governo de Cuba anunciou nesta segunda-feira (4) que todos os seus profissionais de saúde – incluindo médicos, enfermeiras e estudantes de medicina e enfermagem que estão colaborando nos trabalhos de cuidado da população – deverão passar por um tratamento preventivo com o Interferón Alfa 2B.

O medicamento foi usado com sucesso pelos médicos cubanos que estiveram na China entre janeiro e março deste ano, tratando de pacientes com covid-19.

O objetivo da iniciativa, segundo o médico Francisco Durán, diretor do Departamento Nacional de Epidemiologia, ligado ao Ministério de Saúde Pública de Cuba, é proteger os profissionais da saúde, que estão mais expostos ao vírus, e evitar o que aconteceu em países como Itália, Espanha e Brasil, onde é cada vez maior o número de médicos e enfermeiras contagiados e também mortos por covid-19.

Até este domingo, Cuba tinha registrado 1,7 mil infectados pelo novo coronavírus, sendo 19 casos só neste último fim de semana. Os falecidos, até o momento, são 69, dois deles também nos últimos dois dias. Já as pessoas curadas são 889, das quais 49 receberam a alta médica no fim de semana.

No entanto, os hospitais cubanos também mantêm 2,5 mil pacientes em vigilância clínica, por serem pessoas que tiveram contato próximo e recente com casos já oficiais, mas que não apresentam sintomas.