Os estados resolveram ignorar a inatividade do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) e a submissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e resolveram criar uma câmara técnica formada por secretários estaduais de saúde, médicos e pesquisadores.
O objetivo é dar respostas unificadas ao coronavírus.
O objetivo da câmara é analisar a evolução da doença estado a estado e, a partir daí, projetar as necessidades de cada um e responder às demandas por abrandamento do isolamento.
As informações já devem começar a chegar a partir da semana que vem, quando os prazos dos decretos de fechamento do comércio começam a vencer em muitos estados.
Abrir o isolamento sem critério, como sugere Jair Bolsonaro, não é opção na mesa. A ideia é ter dados científicos para projetar a necessidade de leitos e também para avaliar se é possível aplicar medidas restritivas seletivas, estado a estado.
O governador do Piaui, Wellington Dias (PT) considera que os comerciantes e demais setores também terão que se equipar para voltar. "O setor privado está preparado para isso? Não é só o setor público que deve se preparar", disse.
Os gestores resolveram tomar o leme do barco com medidas efetivas, já que o governo federal está imerso em contradições internas, com Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Paulo Guedes (Economia) e o vice-presidente, Hamilton Mourão, apontando para direções diferentes.
Com informações do Painel, da Folha