Depois de atingir o pico de 793 mortes diárias causadas pelo novo coronavírus no sábado, a Itália apresentou uma nova desaceleração no número de vítimas fatais nesta segunda-feira (23).
Dados divulgados pelo governo nesta segunda apontam que 601 pessoas morreram de Covid-19 nas últimas 24 horas. O índice é menor que os dados de sábado (793) e de domingo (651). No total, são 6077 mortos no país em decorrência da doença.
A queda no número de casos diários gerou uma perspectiva positiva, mas não fez as autoridades diminuírem o controle. No domingo, novas medidas restritivas foram anunciadas. pelo presidente do Conselho Superior de Saúde italiano, Franco Locatelli.
Locatelli destacou que o país não deve ser levado pelo entusiasmo ou "interpretar em demasia esta tendência". "Os números anunciados este domingo estão em contraste com os de sábado. Esperamos que a tendência se possa confirmar nos próximos dias. Não devemos baixar a guarda", disse.
Uma das linhas de frente das autoridades italianas é a de buscar evitar que a doença se alastre pelo sul do país, região mais pobre e que poderia gerar um caos ainda maior.
"Nosso grande esforço é impedir que as [curvas de crescimento de vírus vistas no norte] se repitam no sul. O desafio agora é evitar o crescimento no sul", afirmou o presidente do Instituto Nacional de Saúde da Itália (ISS), Silvio Brusaferro em coletiva de imprensa.
A Itália registra mais de 50 mil infectados pelo SARS-CoV-2 e cerca de 7.432 pessoas curadas. O número diário de casos confirmados também tem decrescido desde sábado.
O drama do isolamento
O Hospital San Carlo Borromeo, em Milão, adotou uma iniciativa para reconfortar os pacientes que estão entubados e não podem ver a família. Segundo reportagem da BBC Brasil, cerca de 20 tablets foram distribuídos no hospital para que os pacientes possam se comunicar com seus entes queridos em um momento tão difícil.
Com informações da Agência Ansa e da Euronews