Coronavírus: Prefeitura de São Paulo contraria governo do estado e suspende eventos

Apesar de serem do mesmo partido, o prefeito Bruno Covas não está em sintonia com o governador João Doria, que disse que "não há razão para pânico em São Paulo"

Bruno Covas (Foto: Leon Rodrigues/Secom Prefeitura de S.Paulo)
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A prefeitura de São Paulo determinou, na tarde desta sexta-feira (13), a suspensão por tempo indeterminado de eventos de massa na cidade. A medida, anunciada a pedido do prefeito Bruno Covas (PSDB) pelo vice-prefeito Eduardo Tuma, visa conter o avanço do coronavírus na capital.

Estão proibidos, a partir de hoje, eventos governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos e comerciais com aglomeração de pessoas. Eventos privados ainda são permitidos, mas a prefeitura também recomendou que eles sejam evitados.

Apesar de ser do mesmo partido de Bruno Covas e tê-lo alçado à prefeitura quando se candidatou ao governo, o governador João Doria tem adotado uma postura completamente diferente.

Também nesta sexta-feira, o tucano disse que "não há nenhuma razão para pânico em São Paulo" e que, por enquanto, não há a necessidade de cancelamento de aulas e nem de eventos por conta do coronavírus.

"Eu não sou governador para tomar atitudes inspiracionais em termos de saúde . A informação até este presente momento é que a nossa atitude é a correta para a situação atual. Nós nos fundamentamos em fatos", disse o governador.

Aumento dos casos

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (13), o Ministério da Saúde anunciou que já são 98 pacientes infectados com o novo coronavírus em território nacional. O número representa um salto de 28% com relação à quinta-feira.

Há registro de casos em 13 estados. São Paulo concentra o maior número de infectados, com 56 confirmações.

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