Cozinheira de acampamento pró-intervenção militar "com Bolsonaro no poder" morre de Covid-19

Outros membros do acampamento também foram infectados. Eles afirmam, no entanto, que há um "alarde excessivo" com relação à pandemia

Geni Francisca de Mello (Foto: Felipe Pereira)
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Moradora e cozinheira do acampamento que pede "intervenção militar com Bolsonaro no poder" em frente ao quartel do Exército em São Paulo, Geni Francisca de Mello, 72 anos, morreu por coronavírus na sexta-feira (12).

Apesar da pandemia, Geni foi uma dos cinco integrantes do acampamento que insistiu em permanecer no local. De acordo com o UOL, ela ficou 33 dias internada antes de falecer.

Cristina Villas Boas, frequentadora do acampamento, foi quem pediu ao hospital onde Geni foi internada para que a medicassem com cloroquina. Sem parentes para assinar a documentação, coube à pessoa que levou Geni ao hospital assinar a papelada.

Outros infectados

Uma das lideranças do acampamento afirmou que Geni não foi a única a se contaminar com Covid-19 no local.

"Outras pessoas que fazem parte do nosso movimento também pegaram. Eu peguei, mas não passou de uma coriza e a boca seca. Teve gente que pegou, se curou e voltou para o acampamento", afirmou Alexandre Neves, que enxerga alarde excessivo com relação à pandemia com o intuito de prejudicar o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (18), São Paulo está com 192.628 casos confirmados da doença e 11.846 óbitos. No Brasil, 978.142 pessoas já foram contaminadas.