CPI decide convocar Braga Netto e acelerar término dos trabalhos

A avaliação dos senadores que compõem a cúpula da comissão é que já existem elementos suficientes para a produção do relatório final

Braga Netto - Foto: Alan Santos/PR
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Depois do tumultuado depoimento do deputado e líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros (PP-PR), na CPI do Genocídio, nesta quinta-feira (12), a cúpula da comissão se reuniu no gabinete do presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM).

No encontro foram tomadas duas decisões: a CPI deve acabar até a primeira quinzena de setembro e, para que ela termine, é imprescindível colher o depoimento do general Walter Braga Netto, ministro da Defesa. As informações são de Caio Junqueira, na CNN Brasil.

Os integrantes da comissão entendem que já existem elementos suficientes para a produção do relatório final. A primeira parte, que conta com cerca de 400 páginas, já estaria pronta e aborda os supostos crimes sanitários do governo Bolsonaro na condução do combate à pandemia.

A segunda parte não começou a ser redigida, mas tratará dos crimes de corrupção e de divulgação de fake news.

A compreensão dos senadores da CPI é que a comissão não consegue obter mais fatos novos. Por isso, não haveria condições de avançar, o que leva à ideia de ingressar na fase final das investigações.

Convocação

A convocação de Braga Netto foi uma solicitação do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, que recebeu o aval dos outros integrantes.

O general comandou a Casa Civil e, portanto, coordenou grande parte das ações do governo Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus. 

No encontro da cúpula, participaram os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Simone Tebet (MDB-MS), Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Caberá a Alessandro Vieira refazer o requerimento de convocação de Braga Netto, que deverá ser votado na próxima terça-feira (17).