"Cruzada do machão” de Bolsonaro matará muita gente, diz site dos EUA

Artigo de Travis Waldron para o Huff Post diz que “bravatas vazias do presidente do Brasil e de outros líderes causarão inúmeras mortes evitáveis”

Jair Bolsonaro - Foto: Carolina Antunes/PR
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Um artigo publicado nesta segunda-feira (30) pelo site estadunidense Huffington Post, faz pesadas críticas ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, e o aponta como figura que simboliza os presidentes que, em suas reações negacionistas diante da pandemia do coronavírus, “podem causar inúmeras mortes evitáveis”.

Segundo o jornalista Travis Waldron, que assina o artigo, “outros líderes nacionalistas, como o Donald Trump nos Estados Unidos, Narendra Modi na Índia, Xi Jinping na China, Vladimir Putin na Rússia e Boris Johnson no Reino Unido, mostraram-se igualmente levados por teorias da conspiração, e incapazes de enfrentar este momento, mas ninguém foi mais longe do que Bolsonaro”.

O artigo também diz que Bolsonaro se comporta como na “cruzada do machão, que alega ter `histórico de atleta´ e acha que, com isso vai chuta a merda de um assassino silencioso e invisível, porque ele é homem o suficiente pra isso, e também por isso, pode menosprezar a letalidade da doença a nível nacional (…) o problema é que esse machismo de Bolsonaro causará a morte de milhares, talvez milhões de pessoas no Brasil, que não precisariam morrer. Se isso acontecer, Jair Bolsonaro, mas que qualquer outro, será o responsável”.

Em outra passagem do texto, o articulista lembra da cena do presidente brasileiro se embananando com uma máscara, em uma reunião ministerial. “Quando começarmos a remontar os pedaços da sociedade que restarão após este vírus, a imagem (de Bolsonaro com a máscara sobre os olhos) continuará sendo um símbolo perfeito de como todos nós chegamos a este momento”.

Ele continua: “Bolsonaro é muitas coisas, entre elas racista, sexista e homofóbico. Mas há uma coisa que ele claramente não é: inteligente o suficiente para liderar um país com responsabilidade, especialmente em meio a uma crise global de saúde”.