Curva da Covid-19 no mundo mostra que segunda onda pode não acontecer

Apesar da reabertura, áreas mais afetadas têm registrado queda de novas mortes. Estudos apontam que a imunidade de rebanho, no entanto, é superestimada

Novaiorquinos protegidos contra o coronavírus (foto: Xinhua)
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Epidemiologistas e novos estudos sobre a pandemia do coronavírus apontam que a chamada imunidade de rebanho, necessária para conter o avanço da doença, pode ter sido superestimada. Isso explicaria a não ocorrência de uma segunda onda de infecções até então.

Em Manaus, por exemplo, que sofreu com o colapso dos sistemas de saúde e funerário, o máximo de prevalência de anticorpos na população foi de 14,6%, encontrado entre os dias 4 e 7 de junho.

Em São Paulo, a imunização também é baixa. Apesar de registrar mais isolamento e menos mortes que Manaus, o máximo de prevalência de anticorpos encontrada na população foi de 3,3%, entre 14 e 21 de maio.

Apesar disso e da reabertura gradual, a capital paulista tem registrado queda sustentada de novos casos. No interior, no entanto, os casos continuam avançando.

Na Europa, onde a epidemia chegou antes, o número de casos e mortes está em declínio, apesar de muitos países terem liberado a abertura do comércio quase normalmente. Nos EUA, cidades mais afetadas também não tiveram novos surtos.

Com informações da Folha de S.Paulo.