"Dia D": Anvisa deve decidir sobre uso emergencial de vacinas no domingo

Instituto Butantan e Fiocruz já enviaram dados de seus imunizantes contra a Covid-19 para a agência reguladora

Vacina contra Covid-19 em desenvolvimento (Reprodução)
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Em comunicado à imprensa nesta terça-feira (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que sua Diretoria Colegiada se reunirá no próximo domingo (17) para decidir se concede ou não autorização para o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro.

Inúmeros países do mundo já concederam autorizações para uso emergenciais de diferentes imunizantes. No Brasil, o tema vem sendo base para uma disputa política, principalmente entre Jair Bolsonaro e seus apoiadores e o governador João Doria (PSDB), que capitaneou a parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac para a produção da Coronavac.

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Tanto o Butantan quanto a Fiocruz, que produz imunizante em parceria farmacêutica britânica AstraZeneca e com a Universidade de Oxford , enviaram os dados sobre suas vacinas à Anvisa e pediram autorização para o uso emergencial na última sexta-feira (8). O Ministério da Saúde afirma possuir acordos de exclusividade com as duas instituições para a produção de doses a serem distribuídas em todo o país.

Nesta segunda-feira (11), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a deixar em aberto a data do início da vacinação do Brasil. Durante discurso realizado em Manaus, o ministro definiu a data apenas como "dia D" e "hora H", sem qualquer previsão para o início da imunização.

"Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacinação vai começar no dia D, na hora H. No dia D, na hora H, no Brasil", declarou.

Segundo o general, o Brasil tem capacidade para começar a aplicar a primeira dose da vacina três ou quatro dias após autorização para uso emergencial concedida pela Anvisa.