Diretora da Precisa alega exaustão e promete falar tudo à CPI nesta quarta

O presidente da comissão, Omar Aziz, acatou pedido da depoente, que alegou falta de condições físicas e psicológicas, e remarcou o depoimento para esta quarta-feira (14), às 9 horas

Foto: Pedro França/Agência Senado
Escrito en CORONAVÍRUS el

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI do Genocídio, suspendeu, na noite desta terça-feira (13), a sessão que previa o depoimento de Emanuela Medrades, diretora-técnica da Precisa Medicamentos.

O parlamentar acatou pedido da depoente, que alegou exaustão, e remarcou a oitiva para esta quarta-feira (14), às 9 horas, com uma condição: que ela revele todos os esclarecimentos solicitados pelos senadores.

“Estou exausta, sem condições físicas e psicológicas. Com todo o respeito, gostaria de colaborar, mas sob essa pressão, não consigo”, disse Emanuela.

No retorno à sessão, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) iniciou as perguntas, mas a diretora da Precisa se limitou a dizer que se reservaria o direito de ficar em silêncio.

Em seguida, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a palavra e disse que “exaustão não é justificativa” para ela não responder as questões.

Aziz pediu, então, que ela colaborasse, lembrou os mortos pela Covid-19, disse que estava todos exaustos e destacou que a exaustão maior era das famílias que perderam entes durante a pandemia. “E a Precisa brincou de comprar vacinas”, afirmou.

Nesse momento, Emanuela voltou a falar em desgaste físico e psicológico e o presidente da CPI acabou remarcando o depoimento dela para esta quarta-feira (14), a partir das 9 horas. Além dela, também será ouvido o empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa.

Silêncio

Durante o dia, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)Luiz Fux, reafirmou que o direito ao silêncio da diretora da Precisa, à CPI do Genocídio não era ilimitado e que ela só poderia se manter calada em situações que a possam incriminar.

A posição do ministro foi dada após senadores da CPI acionarem o STF por entenderem que a diretora extrapolou o que estava previsto em habeas corpus ao se negar a responder perguntas simples dos parlamentares.